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José Rodrigues (JR)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Recursos humanos

O foco da gestão deve estar no potencial de cada um e não mais no coletivo.
 
RH é a sigla que definiu até há pouco tempo os Recursos Humanos de todas as companhias em todo o mundo. Porém, o que realmente é RH? Tratar a sigla RH como recursos humanos pode nos levar a pensar como alguns antigos capitalistas que, sempre em busca de resultados, tiveram pouca preocupação com o ser humano, no trato com as pessoas. Esta atitude, no entanto, fere os princípios atuais da área de recursos humanos. É possível observar que cada vez mais temos grandes companhias realmente preocupadas com os seus colaboradores, pois essas perceberam que são realmente os CPFs que formam o CNPJ. Se retomarmos os pressupostos do filósofo e matemático René Descartes, em sua visão homem-máquina, observaremos que ele pressupunha um método que lhe permitia construir uma completa ciência baseada em princípios fundamentais que dispensassem demonstração. No que dizia respeito ao corpo humano, este era indistinguível de um animal-máquina.
Essa concepção de Descartes sobre os organismos vivos, posteriormente, teve uma influência decisiva no desenvolvimento das ciências humanas e nas concepções do desenvolvimento humano. Ela retrata justamente como muitas empresas concebem e tratam seus colaboradores. Ainda os veem como máquina, ou seja, são substituíveis a tal ponto que não são consideradas as questões individual, social e sim a questão empresa. Assim como as máquinas, os homens são substituídos como peças e tudo funciona perfeitamente. O grande problema é o custo e a imagem da empresa. A ideia do homem-máquina teve muitos êxitos, contudo, também limitou as direções das pesquisas científicas, pois inúmeros estudiosos, encorajados pelo sucesso, passaram a acreditar que os corpos nada mais eram do que máquinas, prontos a serem consertados.
Assim, ao refletirmos sobre o assunto, observamos que há ainda uma visão estreita em recursos humanos, se a perspectiva for tomada como no passado: colaboradores possuíam seu contrato de submissão a longo prazo e eram considerados verdadeiras máquinas. Hoje, ao observarmos as pessoas como cidadãos de direito, que movimentam a economia de suas famílias, de seu bairro, de suas empresas, de seu país e por fim de todo o mundo, é visível notar que RH vai além de um conceito cartesiano de recursos humanos. RH é a própria relação humana. É o centro de aproximação dos colaboradores com todo o ambiente produtivo, criativo e evolutivo das companhias. Não devemos fazer gestão em recursos humanos e sim gerir pessoas de maneira a gerar um ambiente eficaz e com muita eficiência.
Pode parecer um detalhe nomear de uma maneira ou de outra, porém, a simples maneira de dar nome faz toda a diferença. Hoje, a gestão que faz recursos humanos só tem sucesso para o departamento e para a companhia quando esta é tratada como gestão de gente. E é nisso que deve estar o foco, ou seja, nas potencialidades de cada um, não em um agregado coletivo. A gestão deve pensar nos recursos humanos como um todo, ao mesmo tempo em que observa atentamente a especificidade de cada ser no conjunto da obra. 
Jeferson Melo
Administrador e sócio-diretor da Arquiteta Soluções, especializada em gestão de RH
Publicação: EM, 21/10/2011 
 

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