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José Rodrigues (JR)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Estou formado. O que devo fazer?

Dizem que o ser humano vive quatro crises na vida: nascer, crescer, casar e morrer. A essas acrescento mais duas, igualmente complexas: a escolha da profissão e o ingresso no mercado de trabalho. Sobre escolha da profissão já escrevi anteriormente; escrevo agora sobre o ingresso no mercado.

A situação: de repente chega-se ao fim do curso superior. Deixa de ser “o futuro da nação” para se tornar “estatística de desemprego”. Com o diploma na mão, o jovem julga que a vida será mais fácil. Ledo engano. Com ele, milhares de profissionais entram no mercado, tornando a competição cada vez mais acirrada e nem sempre justa. A quantidade de graduados disponível faz com que a oferta seja maior que a demanda e o valor agregado ao curso superior entre em queda. O mercado, sabedor dessa enorme oferta, não só reduz o valor a ser pago aos novos profissionais, como aumenta significativamente os requisitos de competência.
As projeções ocupacionais no país, para os próximos 10 anos, revelam isso de modo eloquente. Até 2021, vamos precisar de 80 milhões de novos profissionais. Se a cifra é otimista por um lado, por outro se espera o aumento do desemprego. Vai faltar mão de obra qualificada. Como é possível? Simples: os currículos acadêmicos estão defasados, e os alunos não estão se qualificando conforme a necessidade do mercado. Daí sermos fortes candidatos a um apagão de talentos. O que fazer diante disso? Não há uma resposta simples e nem um manual infalível.
Tenho dito a meus alunos que há uma diferença fundamental entre procurar emprego e oferecer soluções. Quem procura emprego está à mercê do mercado. Quem oferece soluções cria possibilidades de mercado. Aqui está a primeira reflexão a ser feita. Que soluções você está apto a oferecer ao mercado a partir das competências que você adquiriu em sua formação acadêmica profissional? Esse pensamento deve colocá-lo na categoria dos empreendedores. Ou seja, a atitude de quem está apto a resolver problemas vale mais do que ser um excelente cumpridor de ordens.
Fala-se muito em gestão do conhecimento. Pois bem, aqui está outra coisa a se pensar: na universidade você estuda a partir de um currículo acadêmico genérico, definido para atender uma demanda genérica. Agora que você se formou, que conhecimentos precisa adquirir para se diferenciar no mercado? Estou falando de formação complementar. Isso é gestão do conhecimento próprio.
Por exemplo: faça um intercâmbio cultural; aprenda uma nova língua, uma ferramenta profissional; faça um estágio sem remuneração em um local de referência; faça serviço voluntário etc. Essas atitudes acrescentam valor estratégico ao seu currículo e o diferencia dos demais. Fazer uma pós-graduação lato sensu é bom. Mas escolha uma escola de valor profissional e não apenas uma que lhe ofereça “diploma com grife”. As pós-graduações stricto sensu são importantíssimas, mas requerem uma definição mais precisa quanto ao sentido de carreira que você quer, principalmente na área acadêmica.
Tenha uma correta noção de crescimento e desenvolvimento em função do tempo. Considere os profissionais de sucesso na sua área de atuação, pessoas que você admira. Pesquise o tempo de vida profissional que eles têm e como foi a jornada de trabalho até chegar onde estão. Uma carreira sólida não se faz da noite para o dia. O imediatismo não é uma atitude muito bem vista pelas organizações sérias. Não pense que você vai começar no emprego hoje e daqui a um ano será o diretor de operações internacionais. Não aposte nas exceções. Se isso lhe parece muito difícil, peça ajuda a um "coach" e faça seu plano de carreira. Tempo e trabalho andam juntos na construção de carreira.
O investimento técnico é importante, mas a maturidade relacional é fundamental. A maioria das demissões que ocorrem na iniciativa privada decorre de problemas relacionais. Não basta que você saiba fazer coisas, é fundamental que você se relacione bem. Invista em você, no domínio da emocionalidade. A maturidade emocional permite que as diferenças sejam vistas como possibilidades e não como ameaças; a qualidade relacional o torna uma pessoa querida, lembrada e de fácil convívio.
Talento é fundamental, mas a prática é indispensável. Aquela frase atribuída a Einstein de que o sucesso é 1% de inspiração e 99% de transpiração é verdadeira. Pratique exaustivamente e você será excepcionalmente bom. Não se trata de sorte, azar ou qualquer outra coisa do gênero; trata-se de trabalho. Portanto, vença a preguiça. Pouca gente sabe, mas quando os Beatles começaram a fazer sucesso, eles já tinham tocado mais do que a maioria das bandas toca durante toda uma carreira. O que mostra que sucesso tem a ver com trabalho e dedicação integral.
É isso aí! Inspiração, trabalho, relacionamento, capacidade técnica, atualização. Esses são os domínios que, com foco e determinação, a seu tempo, frutificarão uma carreira sólida.

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