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José Rodrigues (JR)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A tirania das tarefas

Você pode ser, fazer e ter o que quiser. Só não pode ser tudo, fazer tudo, ter tudo. A vida exige de nós escolhas e foco. Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém, e eu não serei dominado por nada – este é o princípio da autonomia. Fazer escolhas, manter-se centrado nelas e compreender que o mundo muda, são diferenciais competitivos que devem ser buscados por pessoas e profissionais de alto desempenho. Para ilustrar isso, enviaram-me um texto que quero compartilhar com vocês (não sei quem é o autor, mas a história é muito boa).

“Outro dia decidi lavar o carro; peguei as chaves e rumei em direção à garagem e notei minha correspondência largada em cima da mesa. Vou lavar o carro, mas antes vou dar uma olhadinha na correspondência, pois pode ter alguma coisa urgente. Ponho as chaves do carro na escrivaninha e vejo que tem muita propaganda inútil. Decido jogá-las fora, quando noto que a lixeira está cheia. Esvazio a lixeira. Coloco as contas sobre a escrivaninha, mas lembro que tem um caixa eletrônico bem perto de casa, vou primeiro pagar as contas. Coloco a lixeira no chão, pego as contas e vou em direção à porta. Onde está o talão de cheques? Achei, mas só tem uma folha. Tem talão novo na escrivaninha.

Ao passar pela mesa de jantar, encontrei aquele refrigerante que estava tomando. Vou pegar o talão, mas antes vou guardar o refrigerante na geladeira. Estou andando em direção à cozinha quando noto que, no vaso, as flores parecem murchas, é melhor trocar a água antes. Coloco o refrigerante no balcão da cozinha, quando... Ah! Achei meus óculos! Estava procurando-os desde manhã! É melhor guardá-los logo. Pego uma vasilha, encho de água e vou em direção ao vaso, mas... Deixaram o controle remoto da TV aqui em cima.... À noite quando formos assistir, ninguém vai se lembrar de procurar na cozinha. É melhor levá-lo para a  sala. Mas... Ponho meus óculos sobre a mesa e pego o controle.

Estou colocando água na planta, mas caiu um pouco no chão. Jogo o controle sobre o sofá e vou buscar o pano. Vou andando pelo corredor e penso que precisava trocar a moldura daquele quadro. Estou indo, quando tento me lembrar o que é que eu estava indo fazer... Ah! Os óculos! Depois; primeiro o pano. Pego. Vou em direção às flores, mas vejo a lixeira cheia... Final do dia: o carro continua sujo, as contas não foram pagas, o refrigerante continua lá, quentinho, as flores foram aguadas pela metade, só tenho uma folha de cheque e não sei onde estão as chaves do carro! Quando tento entender porque nada foi feito, fico atônito, pois sei que estive ocupado o dia inteiro! Percebo que isso é uma coisa seríssima e que irei buscar auxílio, mas antes vou checar minha correspondência...”

A falta de foco, aliada à dificuldade de fazer escolhas efetivas e da baixa qualidade na gestão do tempo, pode ser considerada uma das grandes perdas de qualidade na vida profissional e pessoal. Ter atenção a essas competências faz muita diferença no dia a dia. Vale ressaltar que a maioria das urgências que temos refere-se ao não planejamento do dia. Temos vinte e quatro horas para dar conta do que queremos construir. Nem tudo precisa ser feito hoje, aqui e agora; mas o que tiver que ser feito deve ser feito. Isso exige de nós um dia planejado e estruturado, mas que tenha  tempo para as ingovernabilidades e os imprevistos.

Para facilitar o desenvolvimento de foco e melhorar a gestão do tempo, seguem  algumas dicas consolidadas pela experiência.

Primeiro: o tempo é um recurso caro, escasso e não renovável. Isso nos faz saber que o tempo que passou simplesmente passou, e não pode mais ser acessado. Não existe estoque de tempo, o que nos leva a considerá-lo como algo precioso. Mude sua noção sobre a disponibilidade do tempo; você não o tem para si, apenas usa o que está disponível.

Segundo: o planejamento do dia deve ser um hábito; portanto, construa-o. Comece seu planejamento diário a partir da lista de tudo o que deve ser feito. Depois separe o que precisa ser feito hoje. Estabeleça a prioridade do que precisa ser feito. Faça o que determinou fazer.

Terceiro: derrote os mitos sobre a questão do foco e do tempo. Muita de nossa falta de habilidade em lidar com o tempo e em ter foco está nas crenças equivocadas. São elas: crer que a vida pode ser controlada por ações externas; querer atender sempre as expectativas dos outros; não considerar os limites pessoais e sociais. Derrotar essas crenças é assumir a legitimidade das escolhas e dos limites.

Quarto: cuidado com o perfeccionismo. Os perfeccionistas são especialistas em adiar as coisas, porque a perfeição que se impõem é impossível de alcançar. Entenda que vivemos em mundos possíveis e não em mundos perfeitos. Pessoas competentes atuam a partir da possibilidade.

Quinto: a única chance que você tem de fazer algo é AGORA. O amanhã é uma possibilidade, o ontem é uma lembrança. Agora é a hora.  Em outras palavras: tudo o que é de fato verdadeiro começa agora. Portanto, faça suas escolhas, tenha as atitudes correspondentes e comece agora. 

Homero Reis
Publicação: 13/11/2011 
 

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