Com a chegada da nova NR10, foi uma corrida geral atrás de treinamentos, Equipamentos de Proteção Individual e ferramentas que atendessem às exigências da norma. É bem verdade que isso trouxe muitos benefícios para os profissionais da área, mas também é verdade que trouxe muito custo para as empresas.
Comparando o custo de um uniforme normal e o uniforme (EPI) do eletricista, a diferença é considerável. Mas, e o custo-beneficio? Se levarmos em conta que o custo de um acidente com lesão é altíssimo em todos os aspectos, então os EPIs para o eletricista são até baratos.
Analisemos dois casos reais de acidente envolvendo energia elétrica:
O primeiro acidente ocorreu antes da nova NR10, e o outro depois da entrada em vigor da nova NR.
Caso 1
Dois eletricistas estavam manobrando um disjuntor de alimentação de baixa tensão quando foram atingidos por arco-valtaico.
Resultado:
- Queimadura de 2º grau em 50% dos corpos dos dois eletricistas.
- Perda material.
Caso 2
Dois eletricistas estavam manobrando um disjuntor de alimentação de baixa tensão quanto foram atingidos por arco-voltaico.
Resultado:
- Perda material.
Os dois acidentes são idênticos, então por que no primeiro caso tivemos graves queimaduras nos eletricistas, e no segundo tivemos apenas perdas materiais?
É simples – os EPI’s evitaram as lesões!
Portanto, fornecer os EPIs adequados aos empregados pode até parecer um gasto desnecessário, mas depois de passar por situações como as citadas acima é que se dá o verdadeiro valor aos equipamentos de segurança. Se fôssemos comparar o custo dos dois acidentes, com certeza o dinheiro gasto com o primeiro caso daria para comprar muitos EPIs.
Conclusão
Os gastos com EPIs não podem ser encarados como despesas puras e simples, mas sim, como um investimento necessário para que no futuro o gasto não seja maior.
Deixar de fornecer ou comprar EPIs de baixa qualidade para os empregados é a chamada economia burra. Você economiza hoje e gasta o dobro amanhã. Além disso, você poderá ter um empregado incapacitado para o resto da vida.
Não vale a pena economizar quando se trata de Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional.
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