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José Rodrigues (JR)

quinta-feira, 1 de março de 2012

Treinamento sobre Percepção de Riscos.

Author: Jon Sullivan
Quando escrevi o post Risco e Perigo - Qual a diferença?, procurei colocar os conceitos de risco e perigo que são encontrados em livros. Me abstive de citar exemplos e de me aprofundar mais no assunto. Porém, devido o grande número de visitantes nesse tópico, achei por bem escrever algo mais a respeito.
  • Relembrando:

Perigo = "uma condição ou um conjunto de circunstâncias que têm o potencial de causar ou contribuir para uma lesão ou morte” (Sanders e McCormick, 1993, p. 675)
Risco = "é a probabilidade ou chance de lesão ou morte” (Sanders e McCormick, 1993, p. 675).

Simplificando: Risco é a interação entre o perigo e o ser humano (quando se fala de Segurança do Trabalho)
  • Definindo Percepção de Risco
"É o ato de tomar contato com um perigo por meio dos sentidos (audição, tato, visão, olfato, paladar) e avaliar a possibilidade de adoecer ou acidentar-se em decorrência da exposição a ele."
Conceito da COMPORTAMENTO - Psicologia do Trabalho.
http://www.sxc.hu/photo/1338118
Qualidades do perigo que influenciam a percepção de risco
Riscos aceitáveis:

  • Voluntários
  • Sob controle
  • Claramente benéficos
  • Distribuídos de maneira justa
  • Naturais
  • Estatísticos
  • De uma fonte confiável
  • Familiares
  • Que afetam os adultos
Riscos não aceitáveis:
  • Involuntários
  • Controlados por outros
  • De pouco ou nenhum benefício
  • Distribuídos de maneira injusta
  • Causados pelo homem
  • Catastróficos
  • De fontes desconhecidas
  • Exóticos
  • Que afetam as crianças 
Fonte: Fischhoff, et al., 1981

Ao perceber um risco o trabalhador pode assumir duas posturas:
Comportamento de proteção = evita o risco (é uma ameaça)
Comportamento de risco = expõe-se ao risco (desafio, possibilidade ganho)
http://www.sxc.hu/photo/1370520
  • Por que alguém se expõe ao risco conscientemente?
A exposição ao risco pode estar ligado à personalidade de cada um. Vejamos os exemplos onde dois garotos da mesma idade ganham uma bicileta sem as rodinhas de apoio:

  1. O garoto 1 (vamos chamá-lo de Prevenildo); não quer nem subir na bicicleta; é necessário muita insistência para que ele - com a ajuda dos pais - se convença de que aquela bicicleta não vai derrubá-lo. O "medo" de cair, faz com que ele relute em aceitar a ideia de que andar de bicicleta é seguro.
  2. O garoto 2 (vamos chamá-lo de Negligente); não vê a hora de subir na bike; se deixar ele já vai tentar se equilibrar sozinho. Com certeza, esse garoto aprenderá a andar de bicicleta muito antes do Prevenildo.
Portanto, podemos notar que a percepção de risco do Negli não é tão apurada e a tendência é que ele consiga aprender a andar de bicicleta muito rápido, mas é certo também, que levará alguns tombos. 
O Prev também vai aprender a andar de bicicleta, mas vai demorar muito mais tempo. É óbvio que ele também poderá cair, mas a chance de isso acontecer é bem menor, devido à sua percepção apurada em relação aos riscos que a bicicleta lhe oferece.

Levando esse exemplo para os trabalhadores, fica fácil descobrir o porquê de alguns funcionários parecerem que têm tendência a sofrer acidentes. O fato pode estar escondido em sua própria personalidade. Se expor ao risco é algo que lhe acompanha desde criança e no trabalho não é diferente. 

  • Objetivos do treinamento sobre percepção de riscos
O objetivo principal deve ser o de alertar os funcionários quanto à identicação dos riscos em suas respectivas áreas de trabalho. Outra tarefa desse treinamento é o de relembrar aos trabalhadores de que os riscos estão sempre ligados diretamente às suas atitudes.
É preciso deixar claro que a convivência com o perigo, não significa estar exposto ao risco, mas atitudes tomadas em relação ao perigo é levam o trabalhador a se expor ao risco.
A melhor maneira de se evitar a interação do trabalhador com o perigo, é ter um gerenciamento rigoroso de todos os perigos que eventualmente possam se transformar em risco para os operários. Após a identificação de todos os perigos, ações devem ser tomadas para que estes não se transformem em riscos ou que, pelo menos, as chances de isso acontecer seja reduzido ao máximo.
O treinamento deve incentivar os trabalhadores na identificação dos perigos e possíveis riscos e, para isso, a empresa deve adotar sistemas que possibilitem os tabalhadores informarem os perigos e riscos encontrados em sua área de trabalho.

  • Conclusão
O treinamento deve dotar os trabalhadores de conhecimentos sobre Perigos e Riscos, de modo que, estando bem orientados e com as ferramentas certas em suas mãos, possam ajudar na prevenção de acidentes.
Com um bom treinamento, certamente os resultados quanto à identificação de perigos que possam gerar possíveis riscos, será um sucesso. 
É preciso mostrar aos trabalhadores que o maior beneficiado com esse trabalho é ele mesmo. E assim todos saem ganhando!

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