Saber o que falar e a forma correta de se portar em dinâmicas e entrevistas de emprego pode fazer a diferença entre ser contratado e eliminado no processo seletivo da empresa.
Boa formação, experiência no mercado e um currículo benfeito contam. E muito. Mas de nada adianta ter boa bagagem e meter os pés pelas mãos quando estiver cara a cara com o empregador. O processo de seleção e sua bateria de testes, dinâmicas e entrevistas podem definir quem vai ou não para a tão sonhada vaga. E aqui, qualquer deslize pode transformar um candidato em um eliminado.
Não existe fórmula, mas os erros mais comuns coincidem e evitá-los pode ser um meio de acertar. O perfil da empresa também pode abalar o que era tido como certeza: terno e gravata nem sempre é a roupa certa para uma entrevista. A geração Y também está apresentando uma nova realidade aos contratantes: o candidato, agora, também escolhe se quer a vaga.
Como agir em momento de tamanha tensão? O que não fazer de maneira alguma? Quando falar? Quando calar? Quando negociar? Atrás dessas respostas, o Admite-se ouviu especialistas em seleção, que, de formas diferentes, disseram a mesma coisa: “sinceridade é o mais importante”, “é preciso ser você mesmo”, “respostas prontas só atrapalham”.
Eis a primeira lição. “Sinceridade. Ou gostam de você como é ou você será um profissional frustrado ou demissionário em pouco tempo”, alerta a orientadora de carreiras Soraya Gervásio. Para ela, um processo seletivo de sucesso é o que encontra a pessoa certa para a vaga certa. O primeiro passo é da empresa: ter clareza na definição do espaço ocupacional, uma nova denominação para a descrição de cargos.
O QUE ESTÁ EM QUESTÃO Para Soraya, o processo seletivo começa pela boa definição desse espaço ocupacional e só termina no treinamento de integração. No meio desses extremos estão os testes, inventários, dinâmicas e entrevistas – que podem variar. “A maioria das áreas solicitantes quer que o RH ou as empresas terceirizadas contratem para cargos do qual nem têm total conhecimento. Por isso a taxa de erro é alta”, sinaliza.
De forma geral, avaliam-se habilidades do candidato como liderança (realizar por meio dos outros), desenvolvimento da equipe (interdependência), motivação (compromisso), comunicação (fazer-se entendido), influência (compartilhar poder), processo decisório (de forma isolada ou em equipe), conhecimento político e cultural (diplomacia) e negociação (relação de ganho para as partes).
É claro que dominar todas elas seria o ideal, mas é impossível. Segundo Soraya, é importante para as empresas entenderem que não existe o candidato perfeito e sim o mais adequado. Isso passa por considerar que nem todos os requisitos serão 100% preenchidos. “Deve-se priorizar o que é essencial para a vaga em questão.”
Foco nas habilidades requeridas a um coordenador de Departamento Pessoal garantiu a Helton Luiz Ferreira, de 34 anos, vaga na Fiat Automóveis, em Betim, na Grande BH. Há dois meses, ele chegou para a primeira etapa do processo, uma dinâmica com 18 pessoas. Naquele momento não sabia qual a empresa, cargo e salário disputava, apenas que se tratava de uma vaga de gestão em uma organização de grande porte.
“Escutei muita frase programada, mas fui objetivo, como espera uma grande empresa. Também tentei trabalhar a empatia com as pessoas. Se era uma vaga que exigia liderança, puxei minha participação na dinâmica pelo trabalho em equipe. Busquei não interromper nem atropelar os outros candidatos, muito menos coagi-los. Ouvi mais do que falei, mas na minha hora de falar disse as coisas certas.”
A primeira etapa estava vencida, mas ainda viriam um briefing profissional, uma pós-dinâmica com a consultora responsável pela seleção e duas entrevistas na empresa, já com os superiores. Foco fez Helton acertar novamente. “Sou uma pessoa centrada e consegui mostrar isso na entrevista. Tinha um objetivo, sabia o que queria e não era apenas um emprego, era aquele emprego.”
Não existe fórmula, mas os erros mais comuns coincidem e evitá-los pode ser um meio de acertar. O perfil da empresa também pode abalar o que era tido como certeza: terno e gravata nem sempre é a roupa certa para uma entrevista. A geração Y também está apresentando uma nova realidade aos contratantes: o candidato, agora, também escolhe se quer a vaga.
Como agir em momento de tamanha tensão? O que não fazer de maneira alguma? Quando falar? Quando calar? Quando negociar? Atrás dessas respostas, o Admite-se ouviu especialistas em seleção, que, de formas diferentes, disseram a mesma coisa: “sinceridade é o mais importante”, “é preciso ser você mesmo”, “respostas prontas só atrapalham”.
Eis a primeira lição. “Sinceridade. Ou gostam de você como é ou você será um profissional frustrado ou demissionário em pouco tempo”, alerta a orientadora de carreiras Soraya Gervásio. Para ela, um processo seletivo de sucesso é o que encontra a pessoa certa para a vaga certa. O primeiro passo é da empresa: ter clareza na definição do espaço ocupacional, uma nova denominação para a descrição de cargos.
O QUE ESTÁ EM QUESTÃO Para Soraya, o processo seletivo começa pela boa definição desse espaço ocupacional e só termina no treinamento de integração. No meio desses extremos estão os testes, inventários, dinâmicas e entrevistas – que podem variar. “A maioria das áreas solicitantes quer que o RH ou as empresas terceirizadas contratem para cargos do qual nem têm total conhecimento. Por isso a taxa de erro é alta”, sinaliza.
De forma geral, avaliam-se habilidades do candidato como liderança (realizar por meio dos outros), desenvolvimento da equipe (interdependência), motivação (compromisso), comunicação (fazer-se entendido), influência (compartilhar poder), processo decisório (de forma isolada ou em equipe), conhecimento político e cultural (diplomacia) e negociação (relação de ganho para as partes).
É claro que dominar todas elas seria o ideal, mas é impossível. Segundo Soraya, é importante para as empresas entenderem que não existe o candidato perfeito e sim o mais adequado. Isso passa por considerar que nem todos os requisitos serão 100% preenchidos. “Deve-se priorizar o que é essencial para a vaga em questão.”
Foco nas habilidades requeridas a um coordenador de Departamento Pessoal garantiu a Helton Luiz Ferreira, de 34 anos, vaga na Fiat Automóveis, em Betim, na Grande BH. Há dois meses, ele chegou para a primeira etapa do processo, uma dinâmica com 18 pessoas. Naquele momento não sabia qual a empresa, cargo e salário disputava, apenas que se tratava de uma vaga de gestão em uma organização de grande porte.
“Escutei muita frase programada, mas fui objetivo, como espera uma grande empresa. Também tentei trabalhar a empatia com as pessoas. Se era uma vaga que exigia liderança, puxei minha participação na dinâmica pelo trabalho em equipe. Busquei não interromper nem atropelar os outros candidatos, muito menos coagi-los. Ouvi mais do que falei, mas na minha hora de falar disse as coisas certas.”
A primeira etapa estava vencida, mas ainda viriam um briefing profissional, uma pós-dinâmica com a consultora responsável pela seleção e duas entrevistas na empresa, já com os superiores. Foco fez Helton acertar novamente. “Sou uma pessoa centrada e consegui mostrar isso na entrevista. Tinha um objetivo, sabia o que queria e não era apenas um emprego, era aquele emprego.”
Carolina Cotta
Publicação: 28/08/2011 - Estado de Minas
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