Onde foi que eu errei?
No momento em que o governo federal acena com a contratação de mais de 50 mil servidores no próximo ano, saiba o que fazer e como estudar para conquistar sua vaga.
"Cibele Moraes" perdeu a conta de quantos concursos tentou até vencer a disputa para o Tribunal Regional Federal, mas se prepara para o que chama de uma oportunidade melhor: ser procuradora. |
A semana começou com uma boa notícia para os concurseiros. Depois de cortar R$ 50 bilhões do Orçamento e suspender os concursos no início do ano, a presidente Dilma Rousseff voltou atrás e anunciou a contratação de 54.724 servidores em 2012, mais da metade deles na área de educação. Os que estudam para os processos seletivos, mesmo antes da divulgação do conteúdo das provas, ganham com uma perspectiva real de vagas. Os concorrentes de última hora também. Porém, parece claro qual grupo tem mais chance. Começar a preparação só depois do edital é uma das falhas mais comuns dos que sonham com a carreira pública. Mas não é a única. O que fazer, então, para não chegar no dia do resultado com a pior dúvida possível: onde foi que eu errei?
Da escolha do concurso ao dia da prova o candidato faz um grande investimento financeiro, físico e emocional. Passar por essa maratona sem tropeços é difícil, mas falhas sempre podem ser evitadas ou mesmo suavizadas. Preparadores de candidatos e vitoriosos em concursos sempre têm uma dica ou outra para compartilhar. Há 10 anos ensinando Direito Constitucional, é "Luciana Ferraz" quem considera o adiamento do estudo o pior erro de um concurseiro. “A grande maioria chega aos cursos de preparação só depois que o edital já foi publicado e isso já é muito em cima da hora. Esse candidato terá um tempo muito curto para entrar em uma disputa com quem vem estudando há mais tempo.” O ideal é a preparação antecipada e permanente e para isso a dica é estudar o conteúdo do edital anterior e fazer adequações quando o válido for publicado.
Certeza na escolha da carreira também é essencial para evitar o desgaste de entrar no processo sem ter qualquer talento para o serviço público. “Muita gente faz concurso porque pai, amigo, namorado ou marido acha que vale a pena. O candidato tem que ter muita consciência de que dele vai ser exigida uma dedicação muito grande.” Se é isso mesmo, outro ponto importantíssimo é saber estudar. Para Luciana, é preciso fazer uma distribuição coerente do conteúdo e ver tudo. “Não adianta focar.” Deixar para trás a matéria que o candidato julga dominar é tão errado quanto estudar apenas a teoria. “Não basta ler, é preciso fazer muito exercício.” E os que se inscrevem em tudo que é concurso da praça para “pegar jeito”, cuidado! “Fazer por fazer só vale para ver como a prova funciona e, a partir daí, se dedicar a resolvê-la.”
A advogada Cibele Moraes, de 30 anos, passou no concurso do Tribunal Regional Federal – 1ª região em abril e espera ser chamada enquanto se prepara para uma “oportunidade melhor”: quer ser procuradora do estado. Mesmo vitoriosa, perdeu a conta de quantos concursos tentou nos últimos dois anos antes de conquistar o sucesso. O que mudou? Ela corrigiu erros básicos no jeito de estudar e ganhou em competitividade. “Passava o dia no cursinho, mas estava estudando pouco. Só percebi quando comecei a cronometrar o tempo real de estudo. Vi que das 10 horas que ficava na sala, só em quatro estava realmente encarando o conteúdo.” Quando um professor experiente falava que seis horas diárias eram suficientes para passar ela não acreditava. Mas aceitou a dica. “Saí da academia, saí de tudo para conseguir fazer as seis horas líquidas de estudo. Passei!”
Carolina Cotta
Publicação: 25/09/2011
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