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José Rodrigues (JR)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Quer prestar concurso público?

Passaporte para o serviço público.

Estabilidade e ótimos salários. O caminho dos concursos tem muitas vantagens, é inegável. Mas é também um caminho extenso. A conquista geralmente vem a longo prazo, depois de erros, derrotas e decepções. Nesse trajeto quase interminável e várias vezes sem êxito, uma pisada em falso pode mudar o destino. Dois pontos podem fazer total diferença. Que o diga o biomédico Cristiano Miranda Sarmento, de 25 anos. Ainda na faculdade, ele se interessou por perícia e, formado, resolveu se dedicar ao serviço público. Cara a cara com as matérias de direito, se interessou pela área e enquanto não abrem vagas de perito dedica-se a uma para agente na Polícia Federal. Na seleção de 2009 fez 72 pontos, dois a menos que a nota de corte. “Era muito imaturo, não soube me organizar. Meu maior erro foi não ter feito um planejamento eficiente. Estudar é algo que se aprende com o tempo.”

Mais consciente de onde estão seus erros e acertos, Cristiano tenta lidar melhor com o que considera a maior dificuldade dos concurseiros: a organização do tempo e o planejamento dos estudos. Na primeira tentativa, por exemplo, estava pouco familiarizado com a matéria e estudava em casa. Sentava na cadeira e lia o conteúdo. Hoje sabe que precisa ler, mas também praticar, fazer vários exercícios. Para otimizar o rendimento, Cristiano fez um cronograma e um balanço estatístico, com um cronômetro, de quanto tempo rende estudando determinado conteúdo. Sofisticado, não?

Com o último edital em mãos, enumerou a matéria e a classificou, de forma decrescente, por grau de dificuldade. Para as mais difíceis dedica um tempo maior, estudando mais de uma vez por semana. As que domina ganham menos tempo, mas não deixam de ser vistas. E, no tempo que dedica ao estudo todo dia, mescla as fáceis com as difíceis, para não se cansar. Perseverante e focado, ele se distancia do que considera um grave erro para um concurseiro: desistir. “Passar demanda tempo, em média três ou cinco anos. O maior concorrente é você mesmo. O concurso é uma fila e passa aquele que persiste, que não desiste.”

POTENCIAL DE CADA UM Consciência das dificuldades é essencial para quem entra em um processo como esse. Aliás, consciência como um todo, defende a psicanalista Maria Alice Moreira Lima, mestre e doutoranda em educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e professora de psicologia na Pontifícia Universidade Católica (Puc Minas). Para a especialista, é importante que o interessado na vaga faça uma análise de sua história antes mesmo de tentar entender onde está errando. E frisa: “A preparação ideal é diferente para cada pessoa”.

Maria Alice acredita que, melhor que seguir receitas de como passar, o candidato deveria ser estimulado a se conhecer melhor, ganhando condições, por exemplo, de identificar os momentos em que o estudo rende mais. Se para algumas pessoas é desaconselhável revisar a matéria na última hora, para outras é isso que a mantém ligada, pronta para a prova. “É importante o candidato parar e pensar na sua história. Lembrar-se de provas passadas e identificar em quais situações se saiu melhor e como se preparou para aqueles momentos de vitória. O candidato vai buscar suas próprias referências para se sair bem.” E é preciso olhar não só para os momentos de sucesso, mas para os de fracasso também. “As pessoas ficam fazendo o que manda o figurino e isso não dá certo, não é garantia de sucesso. Cada um deve encontrar seu modo melhor de funcionar.”

O autoconhecimento também ajuda a processar as perdas, quase sempre reais em concursos. Para a especialista, ciente de suas reais condições, o candidato estará preparado para o que vem. “Muitos estudam muito e na hora da prova não conseguem bom desempenho. Nessa hora é preciso pensar se ele não se boicota, porque saber ele sabia”, diz Maria Alice. Outro ponto é achar que a responsabilidade por não ter passado é sempre do outro: o que elaborou a prova, a família, que não apoiou. “É o próprio sujeito que tem que dar conta e que tem que se preparar a partir dos seus critérios e referências.”

Carolina Cotta
Publicação: 25/09/2011

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